Hoje não teremos a literatura.
Dekker | Bandeira | Van Damme | 13 | Jimmy Cliff | Gato rosa | AT/MT
Sem número o correio-elegante a partir de hoje. Esse negócio de organizar newsletter é um ato de autodestruição e sabotagem.
De 1968, um reggae atemporal (misto de rasta com rude boy), bateu #1 na Billboard UK:
“A vida inteira que poderia ter sido e não foi”, pensou um dia Manuel Bandeira, durante um poema. Quase bate no segurança da porta do Kafka (Diante da Lei).
Ainda sobre a Itália. Na fila de um gelatto, o amigo me catucou: o caba ali é o ator famoso não é?
Bom, o senhorzinho tinha um arquétipo bem avantajado nas carnes magras. De um rosto angulado que realmente lembrava alguém famoso. O boné entregrava um monograma: JCvD.
vandame!
Isso, é vandame!
Tomamos um sorvete com o vandame.
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A outra fila de sorvete foi mais no meu turfe de convívio em um parque de Londres. A mulher da frente na fila do picolezeiro era a thirteen-do-house na época que tinha recém feito Tron – também conhecida pelo papel de Olivia Wilde.
Ela foi pagar um sorvete ao rebentinho; não aceitava cartão o quiosco, ela constrangeu, a criança embaixo emburrou, passei o pendura nos meus £10 analógicos e ficou tudo bem.
Quando voltei a Celia comentou viu quem estava na sua frente da fila era a olivia wilde a thirteen aquela do house.
Amigo.
Que memória filadaputa eu tenho para assimilar rostos e nomes.
Foi assim que comprei sorvete para uma desconhecida que só depois soube quem era se Jesus estivesse me testando no reino dos céus eu estaria por ter pago uma água para uma mendinga.
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vandame quase passou incógnito – que conste nos autos – salvo do anonimato por outrem.
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Mais uma dança dos famosos, da vez que um ilustre senhorzinho desconhecido deu-me caronas perto do meu trabalho (que ficava 2000 jardas-troy) até a estação de trem. Achei fofo da parte dele mas ao mesmo tempo fiquei receoso dele me bulinar ou me esfaquear as ancas em busca de rins.
Mas vá lá, confiei na cáritas. E estava frio e estava ruim a caminhada.
Ao chegar no estacionamento alguém do meu trabalho: Bro você veio com o Lil Whind Jereth* (nome hipotético – não lembro o nome real)
Pois bem peguei carona com um cara famoso.
Realmente não sei quem era.
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O melhor dos encontros famosos; faz parte do dadaísmo surrealista que minha infância serpenteou, e que preciso sempre reavivar senão vira uma ficção destrambelhada.
Anos 90 baixo, não tenho como precisar. Estava no backstage do show do Jimmy Cliff. Eu trajava uniforme de escoteiro (!?). Roadies fumando uma tóra do mais viçoso camarão da mais pura ganja. Todo mundo brisado. Olhos vermelhos. Maquina de gelo seco canabidiada. Eu ria igual ao pateta arranhando a terceira. Aprendi a dançar reggae ‘corra em camera lenta mas não saia do lugar’ Gostei da música gostei dos músicos gostei da erva. I can see all obstacles in my way gone are the dark clouds that had me blind.
Ele largou um many rivers to to cross e eu chorei. Bateu a bad total.
Jimmy Cliff no inteiror do Paraná, uma cidade aleatória que não era nada o público alvo, inclusive não existia nem cena de Reggae na região. Era uma festa reginal de nome Expoguá (boi e trator) ou de nome Festa da Maçã (maçã e eleições da gloriosa rainha da maçã) ou seja Jimmy ganhou do Ronaldinho Gaúcho em rolé aleatório no antro protonazi cheirando à colônia (de colonialismo não de perfumaria).
Uma das peças que trabalhei no passado pré-pandemico: com a direção do We Are From LA (é esse o nome mesmo) e produção AMV: Pink Kittens.
Só falei desse trabalho porque recentemente achei um video da Toyota que segue a mesma linha slomo-truck-multi-tarefada que a gente criou para o gov (reduzi a qualidade porque vai no gif nao achei o original).
Foi a primeira vez que vi uma moto eletrica modificada para filmar: precisava de torque instantâneo, tinha que ser silenciosa e não podia vibrar o equipamento de filmagem.
Brasileiro tem um preconceito velado contra carro elétrico. O mesmo preconceito do câmbio automático. Da teoria da manopla masculina de Toretto (IN: Shifting the 7th gear; 1993).
Pois bem a Nissan lançou o Z Nismo, um foguete de rua apenas com câmbio automático.
Hiroshi Tamura – conhecido como Sr. ‘GT-R’ – é o chefe do projeto. Ele tentou melhorar a performance e a potência, mas descobriu que o fator humano na troca de marchas deixaria o carro ‘lento’.
"Para ser honesto, o carro-base (Z) com dois pedais estava mais rápido que o Z-Nismo com três." Disse o Tamura.
O Nismo não tem que bater relógio. Tem que bater velocidade.
E o que isso tem a ver com carros elétricos? Nada. Ainda a referenciar a comparação.