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penso que a onda de newsletters é uma tentativa dos dinossauros da internet de tentar recuperar essa coisa colaborativa fora do rolo compressor da mídia social. mas também tá virando terreno de coach que vende conteúdo xinfrim. a colaboração da internet foi mais uma que o capitalismo matou na base do ppc

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Pegando o gancho do comentário da Celia, é engraçado esse negócio de newsletter, porque na época dos blogs era uma bobajada: porra, eu vou enviar os textos para as pessoas? Não, eu tenho a página aqui, quem quiser ler que venha.

De repente chegamos a um meio-termo: o google reader veio (a melhor rede social que já existiu!) e daí quem queria texto no delivery tinha, quem queria drive thru tinha e quem queria sentar e consumir no local tinha também. Tinha pra todo mundo.

Então as outras plataformas sequestraram tudo e a partir daí o que não estava nelas, não estava.

Não existia.

Fim e foda-se. Você apagou o seu perfil no facebook, você é uma não-pessoa.

Você não está no instagram? Ninguém sabe da sua vida. Você é um pária.

Mas com isso o algoritmo passou a determinar quem vê o quê. E aí as newsletters voltaram com força, porque quem consome os textos não tem mais paciência pra ficar abrindo urls aleatórias diariamente, e quem escreve os textos não quer ter que se sujeitar ao algoritmo.

Mas aí

Aí os e-mails estão morrendo.

Então como é que vão ficar as coisas?

Uma merda, isso. Esses hubs. Os hubs ou o silêncio, os hubs ou o vazio.

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